O mundo veterinário recorre cada vez mais ao uso de antibióticos combinados para o tratamento das infecções em animais de grande e pequeno portes. A conduta, entretanto, é preocupante: o uso indiscriminado contribui para o aumento da resistência antimicrobiana geral, além de interferir na resposta imunológica dos animais.
A prescrição indiscriminada oferece riscos ainda maiores quando envolve animais dedicados à produção de alimentos. Nesses casos, é possível que resíduos das drogas permaneçam na carne, nos ovos e leite – gerando efeitos nocivos até mesmo em humanos.
Nesse contexto, torna-se evidente que o uso dos medicamentos deve ser racional, ou seja, ser adequado a cada condição clínica, na dose correta para as características de cada paciente e por tempo suficiente para que a ação medicamentosa seja eficaz, mas não excessiva.
Dessa maneira, somente deve-se usar medicamentos com prescrição de um médico veterinário, respeitando as informações contidas em bula.
Além disso, para manter a gestão dos tratamentos e uso de medicamentos nos animais, é imprescindível registrar todos os tratamentos que estão sendo realizados, identificando a data do início e final de tratamento, seu período de carência e além disso, marcar estes animais para que o leite não seja misturado ao resfriador. Durante a ordenha, deve-se manter a organização para que estes animais sejam ordenhados ao final.
O local de armazenamento dos medicamentos também deve ser levado em conta, mantendo em local seco e arejado, afastado do ambiente de ordenha e alimentação animal, em armário fechado, sem contato com incidência solar. É importante manter os produtos químicos e agentes tóxicos separados de medicamentos. Outras dicas fundamentais para o produtor é observar o prazo de validade e fazer o descarte correto dos produtos utilizados.